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PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPINAS
Secretaria Municipal de Justiça
Procuradoria-Geral do Município de Campinas
Coordenadoria de Estudos Jurídicos e Biblioteca

Este texto não substitui o publicado no Diário Oficial do Município - DOM.

LEI Nº 10.393 DE 22 DE DEZEMBRO DE 1999

(Publicação DOM 23/12/1999: p.01)

ALTERA DISPOSITIVOS DA LEI 7.413/92 QUE DISPÕE SOBRE O CÓDIGO DE PROJETOS E EXECUÇÃO DE OBRAS E EDIFICAÇÕES DO MUNICÍPIO E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS

A Câmara Municipal aprovou e eu, Prefeito do Município de Campinas sanciono e promulgo a seguinte Lei:

Art. 1º - Os arts. 2.1.03.01 3.1.03.03 da Lei 7.413/92 , passam a vigorar com as seguintes redações:

"Art. 2.1.03.01 - A pedido do proprietário, do possuidor ou do profissional, a P.M.C. concederá, a título precário, alvará de autorização, o qual poderá ser cancelado quando constatado desvirtuamento de seu objeto inicial. (NR)
§ 1º Dependerão de alvará de autorização: (NR)
................................
d) implantação de edificação sobre área atingida por plano de melhoramento público (cap. 4.1.11);
e) manutenção de edificação ou parte de edificação sobre faixa de viela sanitária.
.................................
§ 3º Para os casos previstos neste artigo o proprietário, o responsável técnico e o autor do projeto se responsabilizarão, conjuntamente através de documento oficial pelo pronto atendimento às exigências formuladas pela P.M.C., embasadas em legislação vigente, mesmo que impliquem em adequações do projeto e da obra.
§ 4º O alvará de autorização relativo à ocorrência da alínea "e", somente poderá ser liberado mediante anuência da SANASA.
§ 5º O prazo de validade do alvará de autorização dependerá de sua finalidade e não poderá exceder a 01 (hum) ano, contado da data de sua expedição, podendo ser prorrogado por igual período.
§ 6º As edificações ou partes das edificações licenciadas segundo as disposições deste artigo, não receberão o certificado de conclusão de obras.
§ 7º As edificações que se enquadrarem na alínea "d" somente poderão ser liberadas mediante expressa autorização do Secretário de Obras após manifestação dos órgãos envolvidos e terão o prazo definido com base na Decretação de Utilidade Pública e não será devida ao proprietário qualquer indenização, pela benfeitoria ou acessão, quando da execução do melhoramento público.

Art. 3.1.03.03 - A critério do Secretário Municipal de Obras, Serviços Públicos e Projetos, após manifestação do Departamento responsável pela aprovação de projetos, as construções irregulares ou clandestinas que não se enquadrarem nas disposições desta lei ou da legislação de uso e ocupação do solo poderão ser regularizadas desde que seus proprietários paguem multas cuja base de cálculo será de 80% do custo unitário do m2 da construção, publicada através de revista especializada. (NR).
I - As multas previstas no "caput" deste artigo, serão aplicadas conforme estabelecido a seguir: (Ver  art. 3º da  Lei nº 10.572 , de 04/07/2000)

a - para o tipo de ocupação habitacional unifamiliar, misto, comercial de pequeno e médio porte, institucional de pequeno e médio porte e serviços de pequeno e médio porte; (nova redação de acordo com a Lei nº 10.758 de 28/12/2000)
b - para o tipo de ocupação habitacional multifamiliar industrial, comercial de grande porte, institucional de grande porte e serviço de grande porte. (nova redação de acordo com a Lei nº 10.758 de 28/12/2000)

II - apresentar anuência dos condôminos expressa em ata de assembléia. (nova redação de acordo com a Lei nº 10.758 de 28/12/2000)
III (revogado pela Lei nº 10.572 , de 04/07/2000)
§ 1º Ficam excluídos da necessidade referida no "caput" deste artigo as construções aprovadas anteriormente à lei 6.031/88 que, na reforma e mudança de uso, as áreas já autorizadas em legislação anterior invadam recuos e afastamentos do novo tipo de ocupação prevista pela legislação vigente. (NR)
§ 2º As multas aplicadas em imóveis pertencentes a entidades voltadas à assistência social ou educacional e declaradas órgãos de utilidade pública municipal, em consequência da observância do disposto no inciso I deste artigo, não serão exigidas pela Prefeitura Municipal desde que a entidade protocolize pedido para regularização, dentro do prazo de 12 (doze) meses, contados a partir da publicação da presente lei. "

Artigo 2º - Os protocolados indeferidos e arquivados em função de irregularidades antes da vigência desta lei, poderão ser reanalisados, mediante solicitação ou provocação do interessado.
Parágrafo Único - Os pedidos protocolados com base na Lei 10.393 , de 22 de dezembro de 1999, deverão, ser analisados com base no estabelecido nesta lei, mediante solicitação ou provocação do interessado. 
(nova redação de acordo com a Lei nº 10.572 , de 04/07/2000)

 
  
Art. 3º - As Habitações Unifamiliares, com área total construída de até 170,00 m2 (cento e setenta metros quadrados), com área irregular e/ou clandestina, ficam isentas das multas estabelecidas na presente lei, desde que seus proprietários regularizem as referidas habitações no prazo de 12 (doze) meses contados a partir da publicação da presente lei e que a área irregular seja de, no máximo, 50,00 m² (cinquenta metros quadrados).
§ 1º A construção cuja metragem exceder aos 170,00 m2 (cento e setenta metros quadrados) será enquadrada no estabelecido nesta lei.
I as habitações clandestinas que se enquadrarem no "caput" do presente artigo, ficam isentas da multa estabelecida no item 5.3 da tabela I da Lei 7.413 , alterada pela Lei 10.393 , desde que cumprido o prazo de regularização.
§ 2º Às edificações dos tipos B, C, D, E e F, não se aplica o disposto no "caput" do presente artigo.
(nova redação de acordo com a Lei nº 10.572 , de 04/07/2000) 


Art. 4º - A Tabela 1, da Lei 7.413/92 passa a ter a seguinte redação:


  

  TABELA 1(NR)
(nova redação de acordo com a
Lei nº 10.572 , de 04/07/2000)

ITEM

INFRAÇÃO

DISPOSITIVO INFRINGIDO

VALOR UFIR

BASE DE CÁLCULO

1

Não apresentação de documentação comprobatória do licenciamento da obra ou serviço em execução

Art. 3.1.01.02

300

Obra

2

Inexistência ou prestação de falsa comunicação a PMC.

Art. 3.1.02.03

500

Ocorrência

3

Prosseguimento de obra ou serviço licenciado sem a assunção do novo dirigente técnico, em virtude do afastamento do anterior.

Art. 1.2.04.05 - Parágrafo 1º

300

Obra

4

Inexistência ou Desvirtuamento de alvará de autorização.

4.1 - Para implantação de habitação transitória ou utilização de canteiro de obras em local diverso do licenciado.

4.2 - Utilização do passeio por tapume, sem a devida licença.

.

.
Art. 2.1.03.01

.

Art. 2.1.03.01

.

.
300

.

60

.

.
Unidade

.

ml (tapume)

5

Inexistência de alvará de execução.

5.1 - Movimento de terra

5.2 - Muro de arrimo

5.3 - Edificação nova

tipos: A C F

tipos B D E

5.4 - Demolição total

5.5 - Reforma

5.6 - Reconstrução

Art. 2.1.05.01

Letra a

Letra b

.

Letra c

Letra c

Letra d

Letra e

Letra f

.

1

6

.

6

15

3

2

Idem 5.3

.

m² (terreno)

m

.

m² (construção)

m² (construção)

m² (construção)

m² (construção)

m² (construção)

6

Utilização de edificação sem o certificado de conclusão

Art. 2.1.06.01

6

m² (construção)

7

Utilização de edificação para uso diverso do licenciado.

Art. 2.1.07.01

15

M² (construção)

8

Obstrução do passeio por materiais a serem utilizados na obra ou por entulho.

Art. 5.2.01.02 - Parágrafo 1º

300

Obra

9

Não afixação de placa alusiva a autoria do projeto, direção técnica e alvarás.

Art. 5.2.01.02 - Parágrafo 3º

300

Obra

10

Não execução de plataformas de segurança e/ou

Vedação externa das obras.

Art. 5.2.03.01

2000

Obra

11

Não colocar o imóvel em condições de estabilidade, segurança e salubridade

Art. 3.1.02.02 - parágrafo 1º

1

m² (construção)

12

Desrespeito ao embargo

Art. 3.1.01.05

100

Obra

Art. 5º - O Executivo Municipal dará ampla publicidade a esta lei, durante 60 (sessenta) dias, pelos meios de comunicação e por intermédio das Coordenadorias Regionais."

Art. 6º - Fica revogado  § 3º do art. 3.1.03.01 , do capitulo 3.1.03 da Lei 7.413/92. (Ver Lei nº 11.158 , de 12/03/2002)

Art. 7º - Na regularização de habitações unifamiliares fica permitido a guarda de veículos no recuo frontal, na proporção de uma vaga descoberta para cada unidade habitacional.

Art. 8º - Esta lei entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.

Paço Municipal, 22 de dezembro de 1999

FRANCISCO AMARAL
Prefeito Municipal

autoria : Vereadores Antonio Rafful e Francisco Sellin
PROTOCOLO P.M.C. Nº 74.222-99